Poderia passar anos da minha vida tão curta de amor, tentando entender o que houve entre nós sem que ao menos meu coração batesse tão forte ao lembra-me de seu rosto.
Menino traiçoeiro, me atordoou, me arrebentou, me usou, sem ar, sem vida.
Vivi por você e você morreu em mim.
Abri um grande buraco, cavado com minhas próprias mãos. Enterrei-te para sempre.
Chorei... como chorei! Então me despedi com fúria e no adeus parti pra outra vida, pois a que eu tinha tu levaste contigo.
Alegrei-me aliviada, enfim um novo sol nasceu no horizonte, enchi-me de esperança renovada de um futuro sem dor, sem dúvida, sem implorar amor, apenas vivendo sem você.
Encontrei outras bocas, outros olhos, outras manias.
Fugi de amores, de compromissos, de aconchego, de sonhos.
Percebi que seu nome, tão comum, usado por alguém que passava em minha vida causava um choque, como um desfibrilador, tentando fazer você pulsar dentro de mim. Não foi apenas o nome, nossas musicas na época de nossa paixão, personagens de desenhos animados, lugares, palavras, momentos... e quando menos esperava ela estava lá, me aguardando, pronta para me envolver.
Como fugir dela? Eu saberia fugir de você, mas para ela não estava preparada.
Lutei contra, sabia que seria a luta da minha vida. Foram muitas batalhas vencidas, batalhas perdidas e recomecei te enterrando novamente.
Mas essa maldita saudade, me fez chorar e muito. Ouvi dizer que o tempo não pára, só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo... Saudade de suas mãos me segurando, abraço forte, beijo demorado, mentiras e promessas de nunca mais, de uma sala escura, sua mão abrindo minha camisa...
Mais anos a minha frente para entender porquê não viestes me salvar de minha própria crueldade, porquê não amou como eu, porquê levou de mim a melhor parte, porquê ainda te amo?
Porquê volta do mundo dos mortos, vindo me assombrar quando recupero o folego?
Sei que me deixarás novamente, junto com essa saudade que me consome.
Poderias morrer, por favor, de verdade? E se não fosse pedir muito, leve seu nome, minhas lembranças, junte tudo o que sonhei e parta!
Ou me mate de uma vez... novamente!
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